terça-feira, 30 de junho de 2009

Associação Casa das Caldeiras - Restauração em 1998-99





O edifício fabril da década de 20 foi construído originalmente por alvenaria de tijolos, com um pé-direito de aproximadamente 9m para abrigar imensas caldeiras vindas da Europa e três enormes chaminés com mais de trinta metros de altura (IMAGEM 11). Situada na cidade de São Paulo com uma área de 100 mil m², o edifício produzia energia para todo o parque industrial, sua proximidade com a linha do trem (IMAGEM 12) favorecia o recebimento de matéria-prima e o escoamento da produção. Foi tombado em 1986 pelo CONDEPHAAT ¹ como edificação remanescente das IRFM², devido a seu abandono desde o final dos anos 70. Em 1993, ficou decidida sua preservação como memória do complexo IRFM, permanecendo apenas a Casa dos Eletricistas e a Casa das Caldeiras, já que as outras haviam sido demolidas. Em 1998, os arquitetos Marcos Carrilho e Victor Hugo Mori propõem um novo uso ao edifício e optam por manter seus aspectos fundamentais, passando a funcionar como um documento de seu processo evolutivo que preserva a história do objeto em si. Os critérios de restauração adotados dividiram-se em três fases: a conservação de uma das caldeiras em seu estado original com reparos imperceptíveis; a outra mantida à mostra com todo o sistema de circulação e espaços revelados, como um entendimento do seu funcionamento; e por fim, uma caldeira mantida e reparada com poucos elementos estruturais restantes. Atualmente (IMAGEM 13), pertence a uma instituição privada, o Centro Empresarial Água Branca (IMAGEM 14), um complexo Centro de Eventos de São Paulo.
NOTA:
¹ Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo.
² Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário